sexta-feira, 19 de agosto de 2011

regresso

mesmo cansados
os corpos regressam
revelando de novo as suas formas,
tacteadas a cada centímetro.
dos poros o aroma,
inebriante e vicioso.
na imensidão da noite
o sono acolhe-os em abraços
e assim permanecem
até que chegue a manhã,
e esta os devolva ao seu lugar.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

os dias imperfeitos

o sal fere-me os olhos
a garganta ata-se em nós de marinheiro
o grito, em estado puro,
permanece ancorado no fundo do peito

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

lullaby

dream boy, dream boy
won’t you come with me?
i’ve got a whole new world for you to see…

dream boy, dream boy
would you hold my hand?
i’ll guide you through places as long you can stand…

dream boy, dream boy
Would you stay with me?

...
And then I heard your sweetest voice

“dream girl, dream girl
there’s just no time for us to be”

terça-feira, 9 de agosto de 2011

do fingimento

nas horas fingidas do dia
palavras soltas, desconexas,
vêm à boca do pensamento

aquelas que ficaram
por dizer
finge, o tempo
que as escreve

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

a noite

cigarros de solidão
preenchem-me as horas da noite
nas espirais de fumo - vozes,
que teimam em lembrar-me de ti

o amanhecer

a solidão inundou o quarto
o meu braço estendido
no vazio do lado
aquele que te albergou
em horas infinitas